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Henrique Agostinho
Henrique Agostinho
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– O Imposto médio é sempre zero.

– Para alguém pagar, tem de haver outro que recebe

– Quem recebe dos impostos, não paga.

– Quanto mais uns pagam, mais os outros recebem

– Quando alguém recebe, esse imposto será pago

– Impostos causam inflação dos preços

– Paraíso é um lugar agradável

Numa altura em que a inflação está a fazer a vida de todos mais complicada, defeito mais visível a cada dia que passa e assunto sério, que não é para brincadeiras, não faltam políticos e economistas a dizer baboseiras sobre o assunto. Tentando aumentar a confusão e distrair a população de quem são os verdadeiros culpados. Que são eles, claro.

Urge então clarificar as coisas sobre os impostos, com informações que apesar de matematicamente rigorosas e indesmentíveis, tendem a ser vistas como polémicas por quem está demasiado habituado a ser enganado pela televisão ou não se dá bem com números. Vamos lá.

O imposto médio é sempre zero. Isto porque o imposto pago por um, vai parar nas mãos de outrem, que o recebe. Ora, como receber é o oposto de pagar e é impossível fazer uma coisa enquanto se está a fazer a outra, o resultado é anulado: Quem recebe dos impostos não paga impostos; O que uns pagam há outros que recebem; Na média, entre os que pagam e os que recebem, o valor de todos é zero.

Apesar de na média entre todos ser zero, para quem os paga os impostos são altos e muito. Não só porque se ralou a trabalhar para receber algum dinheiro e depois vai ter de o dar a quem não fez nada por isso, como ainda para mais, ninguém paga impostos voluntariamente, têm de ser obrigados a pagar, com ameaça de multas e prisão, comprovando assim que consideram os impostos violentamente altos.

Os impostos são altos para quem os paga, mas naturalmente baixos para quem os recebe. Na verdade, aquelas pessoas que dizem gostar de impostos e que taxar uma coisa boa, tendem a fazer parte do segundo grupo, são daqueles que recebem e que para receberem ainda mais obrigam que os outros paguem também mais, sem escapa.

Os impostos são sempre pagos. O mais que dá para fazer é disfarçar o pagamento. Embutindo os impostos em custos que não parecem ser impostos, por exemplo, regulando o mercado da electricidade para a luz ficar mais cara. Ou diferindo no tempo, por exemplo criando dívida pública. O que é muito menos eficaz do que pode parecer, pois o estrago dos gastos públicos feitos a crédito aparece bem mais cedo do que as amortizações da dívida, sob a forma de menos actividade produtiva, menores salários, ou produtos mais caros, eis a inflação.

Pois que o aumento dos preços é tão só o resultado do dinheiro gasto pelo Estado, e como tal dos impostos cobrados. Se há muita inflação é apenas porque o governo gasta demais. Nem precisa de ser através da impressão de dinheiro, da criação de dívida, casos em que o efeito inflacionário será mais espetacular, pois a dor é adiada e o consumo antecipado. Mas no total, o efeito é o mesmo:  Tudo o que o Estado gasta, retira a outros, e ainda causa inflação

Sempre que alguém recebe dinheiro dos impostos e daí o gasta em consumo privado, significa que outra pessoa terá de pagar esse montante. Ora quem paga é quem produz, e porque tem de pagar impostos, produzir ficou mais difícil de produzir, pelo que produz menos.  Já o consumo mantém-se, pois quem recebeu, não lhe custa grande coisa ganhar e como tal gasta mais. Mais consumo por quem recebe dos impostos, menos produção de quem paga impostos, é igual a aumento dos preços, inflação.

Chegamos então ao ponto em que estando a inflação tão alta e a fazer estragos no dia a dia das famílias, era de bom tom abrandar esse martírio, cortando no gasto do Estado. Infelizmente, quem manda no Estado são as pessoas que recebem dos impostos e portanto a solução deles para o aumento dos preços é sempre a piorar, mandar mais achas para a fogueira, cobrar ainda mais impostos.

Por exemplo, as criptomoedas em Portugal são uma das poucas coisas que não contribuem para a inflação, por serem isentas de impostos. Infelizmente esse regime de excepção que permitia aos portugueses aceder a um pedaço de paraíso fiscal via criptomoedas será encerrado, já no ano de 2023. É uma pena, mas ainda assim, ainda faltam 2 meses, é de aproveitar.  

(destruição do paraíso fiscal, arte digital criada por AI)
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Henrique Agostinho