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No momento em que escrevo, o impensável aconteceu, segundo a agência noticiosa Reuters: “As forças russas invadiram a Ucrânia nesta quinta-feira, num ataque em massa por terra, mar e ar; o maior ataque de um Estado contra outro na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Estamos a viver tempos conturbados, depois de uma crise sanitária durante dois anos, temos agora uma guerra em grande escala no continente europeu. Com a notícia da invasão russa, a manhã de Quinta-Feira, dia 24 de Fevereiro, foi particularmente conturbada para os mercados financeiros. As Criptomoedas não foram uma excepção. Na Figura 1, podemos observar que a Luna foi a única Criptomoeda que escapa a esta carnificina, registando uma subida de 7% na presente semana. Em sentido negativo, o Hex regista uma queda próxima de 30%.

Figura 1

A presente crise vem apenas agravar a situação delicada em que vivemos nos últimos dois anos. A subida da inflação em 2021, apesar de nos terem prometido que seria apenas um fenómeno temporário, parece agravar-se cada dia: a evolução do preço das principais matérias-primas parece confirmá-lo, tal como podemos observar na Figura 2.

Figura 2

O Petróleo sobe 22%, de 75 USD para 92 USD, desde o início do presente ano; entretanto, com a guerra na Ucrânia aproxima-se agora dos 100 USD por barril, tendo mesmo ultrapassado esta barreira durante a negociação da sessão de Quinta-Feira. O Gás natural, tal como a maioria das matérias-primas, também regista uma subida de 24% no presente ano! Em resumo, os recursos essenciais à nossa vida diária não param de subir de preço.

Tanto o ocidente como a Rússia parecem estar perante um enorme problema, mas de natureza distinta. O primeiro tem de enfrentar uma dívida pública explosiva, que se agravou substancialmente durante a crise sanitária.

A maioria dos países ocidentais necessitaram de financiar os enormes défices públicos, recursos obtidos à custa da impressora dos seus bancos centrais; biliões de USD e EURs foram criados do “ar” para adquirir as obrigações emitidas pelos estados. A inflação foi a única forma de financiamento, daí a enorme subida da maioria dos preços.

Como podemos observar na Figura 3, os EUA são hoje um dos países mais endividados do mundo, com uma dívida pública em torno de 130%; agora, tenta aproximar-se do pódio, podendo ultrapassar Portugal na terceira posição? Será nos próximos meses?

Figura 3

Neste contexto, com uma inflação oficial em torno de 7% e com uma taxa directora de 0,25%, se o banco central norte-americano decidir subir juros, de que forma o governo federal norte-americano os vai pagar? Com a impressora, atirando mais gasolina ao incêndio inflacionário?

Como explicámos ao longo de várias semanas nos cursos da Criptoloja, os projectos de DeFi, entre os quais destacamos o protocolo Anchor, permitem obter um rendimento estável muito acima da inflação, ao contrário dos bancos tradicionais. As StableCoins são a única forma de enfrentar a presente repressão financeira dos aforradores.

Dentro do mundo ocidental, para além da inflação, a Europa enfrente também uma enorme crise energética, em resultado da invasão russa à Ucrânia. Importa recordar que em resultado desta acção bélica, a Alemanha suspendeu a certificação do gasoduto Nord Stream 2 que ligava a Rússia à Alemanha através do mar Báltico, permitindo ao último obter gás mais barato. Com os preços da energia elevadíssimos, em resultado da guerra e sanções, défices e dívida pública nunca antes vistos e uma inflação acima de 5% na zona Euro, os desafios para a Europa nos próximos meses parecem ser os mais complicados do mundo ocidental.

Por fim, a Rússia; esta deverá sofrer fortes sanções por parte da maioria dos principais países ocidentais, em particular uma acção conjunta da União Europeia. Certamente, os bancos russos deixarão de ter acesso ao sistema SWIFT, dominado pelos norte-americanos, a rede do mercado de Forex; ou seja, a Rússia será “desligada” do sistema monetário e financeiro ocidental.

O mercado de Forex durante esta Quinta-Feira já reflectiu esta situação: o Rublo afunda-se – ver Figura 4 – contra o Dólar norte-americano, apesar das intervenções do Banco Central russo, que tem estado a utilizar as suas reservas para adquirir Rublos no mercado de Forex, na tentativa de evitar o colapso da sua moeda.

Figura 4

Em breve, a Rússia não terá outra alternativa que abraçar o Bitcoin, a única forma de estabelecer relações comerciais e realizar pagamentos de forma segura, funcionado como alternativa à rede Swift, fora do seu controlo e onde sofrerá no curto prazo fortes restrições ou mesmo a expulsão.

Hoje, sabemos que a invasão da Ucrânia estaria certamente planeada há muito tempo, assim não espanta a recente proposta legislativa do ministro das finanças da Rússia para regulamentar as Criptomoedas nesse país, que deixava claro o seguinte: “A utilização de Criptomoedas como meio de pagamento continuará a ser proibido”. Ou seja, o Bitcoin continua a ser um mero activo de investimento, não sendo encarado como uma moeda pelas autoridades russas. Mas a proposta indica uma evolução positiva na Rússia das Criptomoedas.

Tudo será uma questão de tempo, até as autoridades russas compreenderem que o Bitcoin não é controlado por nada nem ninguém, garantido que qualquer país esteja ao abrigo de sanções e guerras comerciais. Não tardará que o Bitcoin seja utilizado como reservas do banco central russo. É tudo uma questão de tempo.

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