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Luís Gomes
Luís Gomes
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Vivemos num mundo de contradições; a educação é universal, as sociedades nunca estiveram tão bem preparadas, o ensino superior democratizou-se, no entanto, as falácias e os sofismas prosperam.

A desinformação sobre temas económicos e de mercados financeiros nunca foi tão gritante; aos nossos olhos, uma elite de banqueiros centrais, burocratas e políticos vendem, todos os dias, patranhas sem qualquer contraditório. Acreditamos acriticamente em tudo o que nos dizem, como se fossem dogmas: eles são os novos presbíteros que nos conduzem à salvação.

Os bancos deixaram de ser bancos; em lugar de entidades que procuram as nossas poupanças e o nosso dinheiro, protegendo ao mesmo tempo a nossa privacidade, são agora gigantescas máquinas de burocratas, directamente ligadas à autoridade tributária, onde a maioria das suas receitas provém da especulação com títulos de dívida do governo, em lugar da tradicional intermediação financeira.

Dizem-nos que as Criptomoedas apenas servem para lavar dinheiro e consumem muita energia; ao mesmo tempo, esquecem de nos esclarecer que todas as transacções são rastreáveis, ao contrário do dinheiro físico, e que o consumo de energia é essencial para um processo de mineração sério, em lugar de um simples apertar do botão.

O charlatão Alves dos Reis imprimia notas iguais às do Banco de Portugal, levando uma vida de luxo durante vários anos em Lisboa. Após ter sido descoberto, foi condenado a 20 anos de prisão, dos quais 12 anos de degredo. Os bancos centrais imprimem moeda sem limites, em particular em 2020 e 2021, algo não possível com o Bitcoin, mas a culpa da inflação é da guerra.

Dizem-nos que estão a combater a inflação com juros próximos de 0% e subidas de 0,5%, enquanto a inflação se aproxima dos dois dígitos, ou mesmo acima, como acontece em alguns países da União Europeia. Em paralelo, diabolizam as StableCoins e exigem a sua regulação, as mesmas que são usadas em projectos DeFi e que remuneram acima da taxa de inflação as poupanças das pessoas.

Há dois anos informam-nos que a deflação era algo diabólico, trágico mesmo. Que argumentos eram utilizados para tal conclusão? As pessoas, quando tal acontece, diferem o seu consumo, esperando por preços mais baixos no futuro. Caso tal aconteça, a contracção económica está ao virar da esquina. Funestíssimo! A razão para a loucura monetária que estamos a viver.

Há muitos anos, quando os computadores não paravam de descer de preço, algum consumidor foi tentado a não comprar algo que necessitava de imediato? Alguém no seu perfeito juízo deixa de comprar um bem ou um serviço porque agora custa 100 e daqui a um ano 95? Não será que isto é beneficiar os pobres e desfavorecidos, pois o poder aquisitivo da moeda que têm no bolso incrementa. A subida da produtividade, fruto da acumulação e inovação capitalista, resulta em preços mais baixos para todos: uma verdade que desapareceu!

Podemos ler no artigo 62.º, ponto 1, da Constituição Portuguesa o seguinte: “A todos é garantido o direito à propriedade privada e à sua transmissão em vida ou por morte, nos termos da Constituição.” Será correcto? Os bancos podem utilizar de forma impune o sistema de reservas fraccionadas, ou seja, concederem crédito a particulares e empresas a partir da emissão de moeda do “nada”, diminuindo, desta forma, o poder aquisitivo do dinheiro que temos no bolso, uma óbvia agressão à propriedade privada. Não obstante, esta prática está perfeitamente legalizada e é responsável pelas crises financeiras que atravessamos, cada vez mais acentuadas.

Segundo consta, o fenómeno da inflação resulta da evolução de um índice de preços definido por uma agência governamental: será mesmo assim? Não deveria ser a evolução da massa monetária. Se imaginássemos que o Alves dos Reis, com as suas fantásticas notas falsas, decidia comprar maçãs no mercado de Lisboa, sem qualquer preocupação em relação preço: o que iria acontecer ao mesmo? Correcto: o preço subia! A propriedade privada dos outros era afectada, atendendo que, agora, com a mesma quantidade de dinheiro, compram menos maçãs.

Exactamente o que aconteceu com toda a massa monetária emitida nos últimos dois anos pelos Bancos Centrais. Já alguém reparou na subida do custo de vida dos últimos dois anos: comida, preços das casas, activos financeiros, excepto as acções dos bancos, as Criptomoedas, entre outros, subiram expressivamente e sem cessar.

Não será que massa monetária emitida do ar “correu” para esses bens, provocando subidas exponenciais do seu preço. A título ilustrativo, o Ethereum subiu 1349% e o Bitcoin 340%. Qualquer cidadão se apercebe que os preços sobem de forma inexorável, todavia, segundo a versão oficial, a inflação é algo temporário e irá embora desaparecer em breve.

É um consenso que consumir agora é preferível a consumir no futuro. É precisamente o que significa conceder um crédito: alguém que realiza um sacrifício no presente para consumir no futuro; por essa abnegação, essa pessoa exige um preço, por exemplo, de 5% ao ano. Agora só o podem fazer no mundo das Criptomoedas, através de projectos DeFi.

Agora, informam-nos que taxas de juro reais negativas – taxas de juro nos bancos inferiores à inflação – é um fenómeno de mercado que veio para ficar, uma nova verdade. Não será que as mesmas resultam da compra de títulos de dívida, a partir de moeda emitida do “ar”, provocando a descida da rendibilidade desses títulos, inclusive para um valor negativo?

O famoso burlão “Bernard Madoff” foi condenado a 150 anos de prisão, após a descoberta de ter sido o principal responsável por um dos maiores esquemas piramidais da história. A Segurança Social funciona exactamente da mesma forma, com apenas duas diferenças:

  • os “clientes” do sistema são obrigados a aderir, com risco de prisão caso não o façam, ao passo que o burlão Madoff tinha de angariar os seus clientes, convencendo-os que tinha uma metodologia de gestão mágica, quase sobrenatural;
  • os “clientes” podem sair do sistema numa idade definida pelo estado e sempre que se sobe essa idade, estamos na presença de uma grande reforma, de enorme coragem. O burlão Madoff informava os clientes que, caso desejassem abandoná-lo e levantar o seu dinheiro, nunca mais poderiam voltar ao clube. A um, chamamos solidariedade intergeracional, a outro, fraude.

Face a este mundo de novas “verdades”, nunca a educação financeira foi tão imprescindível. Se um cidadão deseja proteger as suas poupanças, de uma vida de trabalho, terá que encontrar a solução pelas suas mãos, ou então procurar obter formação e informação com alguém que não aceita este “novo mundo”, de “novas verdades”. No fundo, o importante é não nos tornarmos vítimas do tão celebre pensamento de Joseph Goebbels, ministro da propaganda Nazi: “De tanto se repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade.”

Destaques Autor
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Luís Gomes