img:Bitcoin
Bitcoin - BTC
€ 60.822,45 -2.86%
img:Ethereum
Ethereum - ETH
€ 3.169,61 -4.58%
img:Chiliz
Chiliz - CHZ
€ 0.114745102227 -10.54%
img:XRP
XRP - XRP
€ 0.568674274518 -0.65%
img:Shiba Inu
Shiba Inu - SHIB
€ 2,41 -9.99%
img:USD Coin
USD Coin - USDC
€ 0.92923047 -3.82%
img:Cardano
Cardano - ADA
€ 0.5823109404 -5.98%
img:ApeCoin
ApeCoin - APE
€ 1,74 -6.75%
img:Solana
Solana - SOL
€ 170,51 -9.49%
img:MANA (Decentraland)
MANA (Decentraland) - MANA
€ 0.548394147 -6.23%
img:Bitcoin
Bitcoin - BTC
€ 60.822,45 -2.86%
img:Ethereum
Ethereum - ETH
€ 3.169,61 -4.58%
img:Chiliz
Chiliz - CHZ
€ 0.114745102227 -10.54%
img:XRP
XRP - XRP
€ 0.568674274518 -0.65%
img:Shiba Inu
Shiba Inu - SHIB
€ 2,41 -9.99%
img:USD Coin
USD Coin - USDC
€ 0.92923047 -3.82%
img:Cardano
Cardano - ADA
€ 0.5823109404 -5.98%
img:ApeCoin
ApeCoin - APE
€ 1,74 -6.75%
img:Solana
Solana - SOL
€ 170,51 -9.49%
img:MANA (Decentraland)
MANA (Decentraland) - MANA
€ 0.548394147 -6.23%
Henrique Agostinho
Henrique Agostinho
a- A+
  • Antes de haver Facebook, já havia sites para partilha de imagens pornográficas, pagos por publicidade.
  • Antes de haver Youtube, já os sites de imagens tinham evoluído para vídeo.
  • Antes de haver Netflix, já havia serviços premium por assinatura nos sites de vídeos.
  • Antes do Bitcoin ser meio de pagamento, a indústria porno terá de o adoptar.
  • Pelo menos desde que há Internet que a indústria da pornografia está na frente, a antecipar modelos de negócio, definir os formatos padrão e a validar o apelo das inovações. 

    Não é por acaso que o modelo de monetização mais comum em toda a internet, a saber, disponibilizar conteúdos grátis financiados pela colocação de publicidade relevante, uma receita que alimenta colossos como o Facebook ou Google, resulta de experiências com a pornografia, cujos sites adotaram esse modelo de negócio antes de toda a gente.

    Mais recente, o modelo de negócio das subscrições premium, tipo Netflix ou Spotify, que nos últimos anos se tornaram a base de muitos novos negócios. O mesmo com o pagamento direto dos consumidores aos performers, como no Youtube Super Chat. Foram também soluções originais para remunerar conteúdos e artistas para adultos.

    Antes disso, foi a partir dos sites de fotos e vídeos pornográficos que foram desenvolvidos os formatos principais de banners publicitários online (pop ups, pop-unders, preview, entre outras interrupções) ou até as bases de usabilidade das plataformas (ou seja, a distribuição habitual e anatomicamente conveniente para colocar alguns botões e menus de navegação).

    Consta até, que esta liderança já vem de antes da Internet, que nos anos 80, quando a guerra tecnológica principal era entre os formatos de vídeo doméstico Betamax e VHS, foi a disponibilidade de conteúdos pornográficos a desequilibrar a balança, impondo o formato mais acessível.

    Não é portanto de admirar que a prova de fogo das futuras inovações tecnológicas seja a validação pela indústria mais futurista, ligada à profissão mais antiga. Ideias como realidade virtual, metaverso, NFTs, que bem podem tornar uma experiência mais excitante, podem também não passar de auto-gratificação improdutiva, isto se não tiverem sucesso, aplicação e aceitação na produção de conteúdos adultos.

    Ou, visto pelo outro lado, as inovações mais prementes na internet são as que mais contribuem para a satisfação das necessidades dos consumidores de conteúdo adulto. Movimento que, a ver pelas notícias mais recentes, não se ocupará tanto da acessibilidade dos conteúdos ou imersão nas experiências e terá muito mais a ver com a disponibilidade de meios de pagamento e liberdade individual.

    É que a fúria moralista dos bancos, a mesma mesquinhez que em Portugal resolveu perseguir as empresas de criptomoedas reguladas pelo Banco de Portugal, nos Estados Unidos, parece estar virada para tirar o dinheiro aos negócios inconvenientes, como a pornografia, e a excluir as trabalhadoras dos seus rendimentos. 

    Ainda este ano, depois de muito pressionada pelos bancos que lhe ameaçaram fechar as contas, a Onlyfans, talvez a maior empresa do setor, viu-se na situação ridícula de censurar as performers sexuais. Isto numa plataforma que não tem qualquer outro tipo de utilização a não ser intermediar esse tipo de exibições privadas. 

    A situação da Onlyfans resolveu-se pacificamente, mas os bancos não desistiram e passaram a atacar diretamente as estrelas peladas. Na berra agora está o congelamento das contas pessoais de quem os bancos suspeitam ter rendimentos ligados ao entretenimento adulto. Uma manobra tão ilegal quanto provocadora.

    Ora pois que o Bitcoin resolve isto, precisamente por ser dinheiro, incensurável, que não depende de nenhum banqueiro com manias ditatoriais. Se a indústria da pornografia se sente acossada pelos senhores da alta finança, as performers podem muito bem começar a aceitar Bitcoin como meio de pagamento principal. Seria o sinal que os meios de pagamento em criptomoedas atingiram o clímax.

    Informação complementar:

    https://www.zerohedge.com/personal-finance/wells-fargo-screws-sex-workers-cancels-accounts-over-risks

    https://www.businessinsider.com/onlyfans-blocks-some-of-its-nsfw-content-explained-2021-8

Destaques Autor
img:Henrique Agostinho

Henrique Agostinho