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Henrique Agostinho
Henrique Agostinho
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A situação não é incomum. Um governo qualquer, de um País mal governado, vai à falência. Aconteceu em Portugal 3 vezes nos últimos 40 anos, Acontece na Argentina aí a cada dois anos e, já em 2022, os novatos Sri Lanka e Líbano juntaram-se à lista infindável de Países cujos governos nunca mais conseguirão regularizar as dívidas (Afeganistão, Iraque, Líbia, Venezuela, Zimbabué, etc, etc).

Apesar de os governos falirem ser, em boa verdade, um acontecimento banal, é espantoso a ignorância generalizada em relação a estes casos. Facto que pode ser demonstrado pela normalização da seguinte frase: 

  • País falido recebe pacote de ajuda internacional.

Não acha isto estúpido? então vamos lá desmontar o que se passou de facto.

  1. O País está falido porque se endividou demais, o governo gastou à bruta e agora não consegue mais pagar as prestações.
  2. Os credores, instituições internacionais como o FMI, Banco Mundial, BIS, etc. Arriscam-se a levar um calote do dinheiro que emprestaram àquele governo.
  3. O País fica excluído dos mercados de dívida, ou seja, o governo não consegue fazer ainda mais dívidas. 
  4. Os credores emprestam dinheiro de emergência, para com essas dívidas o governo pagar as dívidas que não conseguia pagar por ter muitas dívidas.

Leu bem, é isso mesmo. O governo endividou-se demais, já não consegue pagar as dívidas, nem fazer mais dívidas do que as que já tem, então a solução é fazer mais dívidas, para evitar deixar de pagar as dívidas.

É quase um trava-linguas, de tão absurdo, mas qualquer pessoa minimamente informada consegue confirmar, só de memória, que, todas as vezes que um governo foi à falência, foi exatamente isto que aconteceu: Mais dívidas para resolver o problema do excesso de dívidas. 

E não é só o governo, acontece também com os bancos (tipo o BES) que quando não conseguem pagar as dívidas, recebem mais dívidas, os bailouts. Esta irracionalidade, de tão generalizada, chega a passar despercebida, e só é possível por falta de Bitcoin, ou seja, porque não há nenhum dinheiro no sistema bancário internacional. Só há dívidas. 

Então vamos lá. Qualquer pessoa minimamente séria concorda que se um governo não consegue pagar as dívidas que já tem, não deve continuar a se endividar. E também concorda que se alguém emprestou dinheiro a esse governo, merece é um calote. 

Mas, infelizmente não é assim que se resolve o problema do excesso de dívidas governamentais. Já que o bom senso de não contrair ainda mais dívidas, traria alguns problemas.

  1. O governo não pode continuar a gastar assim à bruta, tem de dar menos tachos aos seus amiguinhos.
  2. Os credores internacionais levam um calote, que bem merecem.
  3. A população, a parte que paga impostos, não pode ser usada como garantia para ainda mais dívidas.
  4. Não há forma de fazer comércio internacional. Porque não há como pagar. Não há dinheiro.

Ok, é este último ponto , o 4, que explica o imbróglio e o aproveitamento dele pelos governantes. No sistema bancário moderno, não há nenhum dinheiro, é tudo dívida. Portanto, quando alguém deixa de fazer novas dívidas, significa que não tem como receber pagamentos. Pois que, aquilo que nos bancos se chama de um pagamento, não é nada mais nada menos, do que uma dívida adicional.

Vai daí, se algum elemento não consegue se endividar, também não consegue receber pagamentos de ninguém. Um impasse. Eis um exemplo disso à escala micro:

O caso de um agricultor vende batatas e fez um crédito para pagar o trator. Quando este vende as batatas, ninguém lhe dá dinheiro, o banco empresta-lhe dinheiro, com base na garantia prestada pelo comprador das batatas. Ora, se o agricultor não está a pagar as prestações do seu trator, o banco não lhe vai emprestar mais dinheiro. E o agricultor não tem como vender as batatas, fica tudo travado.

É exatamente isto que se passa com o sistema bancário. Não há dinheiro, só dívidas. Então, se alguém deixa de poder se endividar, também não pode vender, não pode receber pagamentos, bloqueou. Alguém, ou algum governo.

Com a agravante que os governos não são um agricultor individual que pode ser excluído da economia. Os governos são uma cambada de pessoas que gastam dinheiro que não é deles, ou melhor, contraem dívidas hipotecando terceiros, populações inteiras. São inimputáveis, por maior cagada que façam, não serão os governantes que pagam o pato, são os contribuintes. E como tal, endividam-se à parva.

Está explicado. Está explicado também porque é que o mundo precisa tanto e tanto do Bitcoin. Para ter dinheiro, e para não continuar nesta espiral suicida de criar dívidas porque não consegue pagar dívidas. O Bitcoin é dinheiro, resolve.

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Henrique Agostinho