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Henrique Agostinho
Henrique Agostinho
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Desde há uma década que as economias ocidentais estão metidas num filme de terror. Um pesadelo recorrente do qual não será fácil escapar. O drama começa com os bancos centrais (FED, BCE e amigos) a emprestar dinheiro, com juros artificialmente baixos, para governos, bancos e empresas de regime. Essa malta não produz, não consegue gerar retorno sobre os seus gastos, não pretende pagar as suas dívidas, precisando ainda e sempre de gastar muito mais. Com tudo isto, o valor esperado dessas dívidas é negativo, logo os juros são negativos.

Juros Negativos = Obrigação de gastar ainda mais dinheiro no futuro

Os Juros negativos geram por si juros ainda mais negativos. Pois, de cada vez que os bancos centrais expandem o balanço, de cada vez que emprestam, essa massa é depositada na conta bancária dos beneficiários do crédito artificial. Esse dinheiro todo na banca faz pressão para ser segurado, para gerar retorno, o que baixa ainda mais os juros.

Uma vez que as necessidades de dinheiro dos bancos e dos governos não param de aumentar, os bancos centrais voltam a emitir mais dívida, a juros artificialmente baixos, que é depositada nas contas dos beneficiários de sempre, pressionando os juros ainda mais para o negativo. Temos assim montado o novo-fenómeno, até há pouco impensável, em que quanto mais divida se emite, mais negativos são os juros. E quanto mais negativos são os juros, mais desesperados por dívida estão os bancos. A Zombificação.

Zombificação = Economia paralisada por esgotamento fiscal

Mas mas, porque é que os juros negativos são maus? Ora, porque geram deflação do valor da economia. Não é deflação dos preços (no sentido que as coisas ficam mais baratas, o que é bom) é deflação do valor (no sentido que o trabalho vale menos, o que é mau). Num ambiente zombificado, produzir, trabalhar, deter um ativo, é como ter gelo ao sol no deserto, que vai derretendo e evaporando onde:

1) Os bancos falhados, porque perdem dinheiro a emprestar com juros negativos e têm montes de despesas com burocracias e calotes para tapar, não se podem aguentar.

2) O rendimento esperado da produção é menor, não há sentido em acumular capacidade de produção (fábricas, minas, poços de petróleo), pois valerão cada vez menos dinheiro, reduzindo a produção e deprimindo os salários.

3) A Economia entra em Depressão porque o trabalho, os bancos, as construtoras, as fábricas e os restaurantes e tanta outra gente está em contração.

4) Com a economia em recessão, os estados, os bancos e as empresas inviáveis têm mais prejuízos e endividam-se mais, assim voltando ao princípio de mais dívida que gera mais deflação que gera mais depressão. 

Economia em recessão é mau, bancos falidos é mau, juros negativos é mau. Como se pode ver num planeta próximo de si. Mas e como sair disto?

A- Subir os juros era a resposta óbvia, mas não é possível porque quem mais deve (estados e bancos) já não são viáveis e não conseguiriam pagar juros sobre as suas dívidas.

B- Deixar falir os devedores insolventes (a resposta certa) também não é viável pois quem está insolvente são os estados e os seus bancos, precisamente as entidades que não podem falir sem lixar precisamente quem não contribuiu para a falência (risco moral, quem se lixa são os pagadores de impostos).

C- Esperar e rezar, que tem sido a não-resposta da maioria dos governantes, querendo acreditar que alguém se vai lembrar de uma solução milagrosa. Enquanto esperamos, mais vale não cutucar muito a besta e ser moderado para evitar antecipar o desfecho sem ter ideia de uma solução. Esta foi, até 2020, a postura dos governantes com aparentemente mais auto-controle (Bruxelas e outros Austeritários)

D- Correr para o precipício, aumentar a dívida sem hesitações, já que não sabemos como nos livrar dela e ela vai explodir em alguma coisa feia, mais vale explodir bem endividado, comer como um glutão, enquanto esperamos pela inevitável morte por overdose (o pensamento médio dos pandemistas e outros funcionários governamentais).

Como seria de esperar, nenhuma das soluções soluciona nada e com mais ou menos soluços, vamos a caminho do novo cenário. E depois do adeus? Essa é a pergunta do trilião de dólares, quem sabe do quadrilhão, mas mais cedo ou mais tarde vamos saber a resposta (spoiler, é Bitcoin)

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Henrique Agostinho