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Luís Gomes
Luís Gomes
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Na última Quinta-Feira, às 13:30, a publicação da taxa de inflação para o mês de Dezembro nos EUA marcou a semana. Em Dezembro de 2022, a subida do índice de preços em relação ao mês homólogo do ano transacto foi de 6,5%, em linha com as expectativas da maioria dos analistas. 

Como podemos observar na Figura 1, a tendência de desaceleração nos EUA é agora clara: de um máximo em Junho de 2022, onde a inflação se situava nos 9,1%, para 6,5% em Dezembro de 2022; no caso dos EUA, estamos há 6 meses em ritmo de desaceleração. 

Desaceleração da inflação na Zona Euro

Atendendo à tardia actuação por parte do Banco Central Europeu (BCE), a inflação apenas começou a desacelerar a partir de Novembro de 2022; de um máximo de 10,6% em Outubro de 2022 para 9,2% no último mês do ano transacto.

Figura 1

Atendendo que a política monetária da Reserva Federal (FED), o Banco Central norte-americano, já não necessita de ser tão “agressiva”, o Euro (EUR) voltou a apreciar-se em relação ao Dólar norte-americano (USD) no decorrer da presente semana: de 1,052 USD por EUR para 1,086 USD por EUR, uma apreciação superior a 3%!

Nada constitui uma surpresa. Como alertei diversas vezes, esta subida de juros tinha como único propósito provocar uma recessão económica, com a consequente diminuição da procura e expectável queda da inflação. 

Apesar desta política monetária “agressiva”, na realidade do dia-a-dia, os principais Bancos Centrais, o BCE e a FED, vão continuar a imprimir, expandindo o seu balanço até ao infinito; a subida constante e inexorável da massa monetária não terá fim. 

Apesar de estarem a provocar uma queda na procura por crédito por parte de empresas e particulares, subindo as taxas de juro e reduzindo, desta forma, a produção líquida de dinheiro por parte dos bancos comerciais (menor produção de crédito, com o mesmo nível de amortizações), os Bancos Centrais continuam a comprar obrigações soberanas dos governos por forma a conter os respectivos custos de financiamento.

Como? Através da compra de obrigações soberanas no mercado secundário aos bancos comerciais, provocando a subida do seu preço e a redução da taxa de juro implícita. Recentemente, assistimos a movimentos apenas explicáveis pela intervenção dos Bancos Centrais – dinheiro, como sabemos, não é um problema!

Como podemos observar na Figura 3, a taxa de juro implícita das obrigações – maturidade a 10 anos – emitidas pelo governo federal está em queda desde o final de Outubro de 2022, quando atingiu 4,3%, estando agora em torno de 3,5%, uma queda de 0,8%, num espaço de pouco mais de 2 meses!

Figura 2

Recordemo-nos que já não existem países como a China e o Japão para comprar as obrigações norte-americanas; agora, o único grande comprador no mercado é precisamente o seu Banco Central; ou seja, em lugar de poupança, temos agora toda a dívida pública adquirida pela criação de inflação. 

Não é só um “choque” de procura que está a ocorrer, é também um enorme aumento da oferta de obrigações por parte dos EUA, de Dezembro de 2021 a Dezembro de 2022, a sua dívida pública subiu de 29,6 biliões de USD para 31,4 biliões USD – atenção 1 bilião corresponde a 12 zeros! -, um acréscimo líquido de 1,8 biliões de USD. 

Para não ocorrer a explosão dos custos de financiamento do governo federal norte-americano, a FED terá de continuar a imprimir e a adquirir toda esta nova dívida pública lançada ao mercado. Em conclusão, ao contrário do que seria de esperar, a inflação está “viva” e de boa saúde. 

Regressámos à “boa inflação”, em que a subida do preço da nossa casa, das nossas acções, das nossas obrigações, das nossas Criptomoedas, é algo fantástico!, e estamos a “abandonar”, paulatinamente, a “má inflação” – quando a energia e a comida sobem exponencialmente de preço. A primeira é “invisível”, a segunda já se nota, “incomoda”, não é popular!

Neste sentido, os mercados já se deram conta disso mesmo, necessitando desesperadamente de um valor seguro que os defenda da enorme inflação que está a ser injectada no mercado. Ou seja, temos o regresso “da festa”, onde os melhores investidores entram precisamente no “pico” do medo e do receio.

Tal como afirmei por diversas vezes, as Criptomoedas, em particular o Bitcoin, são um dos melhores investimentos no presente contexto – quando regressa a “boa inflação”. Como podemos ver na Figura 2, desde o início de 2023, a Solana subiu 66%, a Avalanche 43%, o Cardano 31%, o Cosmos 27% – medido em Euros -, apenas para destacar as principais subidas.

Por outro lado, o Bitcoin para além de ter subido 10,8% para o mesmo período, volta a aproximar-se da resistência dos 19,5 mil USD; caso rompa esta resistência, poderemos regressar a uma nova tendência ascendente. À data em que escrevo, está a cotar em torno dos 19 mil USD e parece romper a qualquer momento este patamar.

Figura 3

Para além das principais Criptomoedas – critério capitalização bolsista -, também se registaram fortes subidas nas Criptomoedas do Metaverso desde o início do presente ano; mais uma vez medido em Euros: a Gala, com uma subida de 145%, a Decentraland, com uma subida de 46%, a Sandbox, com uma subida de 42%, e o Flow, com uma subida de 35%. 

Com o regresso da “boa inflação”, podemos assistir a uma nova euforia no mercado das Criptomoedas. De que espera para participar?

Destaques Autor
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Luís Gomes