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Solana - SOL
€ 173,93 0.77%
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MANA (Decentraland) - MANA
€ 0.62501695 -1.34%
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Henrique Agostinho
Henrique Agostinho
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Há praí muitas criptomoedas, talvez umas 40 mil, é para todos os gostos e feitios, algumas com resultados impressionantes, outras simplesmente embaraçosas. Ora, Tamanha cripto-diversidade pode até ficar confuso, excepto se ignorarmos o ruído.

  1. Só duas moedas contam. Bitcoin e Ethereum.

O mercado de crypto está avaliado em até 2 trilhões de dólares, uma barbaridade de dinheiro, dividida por todas aquelas moedas. Só que na prática, é bem mais limitado.

Bitcoin (e moedas espelho do Bitcoin) vale por si só 0,7 tri, daqueles quase 2, é perto de metade do mercado. Em segundo lugar, o Ethereum (mais as moedas associadas) valem 0,5 trilhões, quase outro tanto.Do que sobra, as stablecoins (moedas ligadas ao Dólar) valem 0,2. Restando só 0,2 para todas as outras moedas, juntas. 

Simplificando, 80% do mercado Crypto é feito de Bitcoin + Ethereum, o resto são trocos.

  1. Há duas moedas, só uma pode ser imortal.

Muita gente ignorante diz que as criptomoedas não têm valor intrínseco, o que é estupido. As coisas, todas elas, têm valor se e só se alguém quiser pagar por elas. Todo o valor económico é relativo e dependente do quanto as pessoas querem pagar. 

Ora, o Bitcoin é comprado porque muita gente acha que vai valer ainda mais no futuro. Podem estar errados e até estarão, se o Ethereum ultrapassar o Bitcoin, por exemplo. Mas aí, não serão só os fãs de Bitcoin a errar, os do Ethereum que também erraram. Pois que, se o Bitcoin pode ser substituído e assim perder o seu valor, o substituto do Bitcoin também poderá ser substituído e também não valerá para nada. 

  1. As moedas servem para guardar ou gastar. Não para os dois.

São dois usos incompatíveis. Quanto melhor for uma moeda para guardar, for reserva de valor, valorizar, menos interesse há em gastar, isto é óbvio. No caso das criptomoedas a forma como se gasta é conhecida como “smart-contracts”, onde as moedas são aplicadas, queimadas, a produzir transações. O Ethereum foi o criador original destas aplicações e o seu incrível sucesso e utilização advém desta inovadora funcionalidade. No entanto, quanto mais sucesso como reserva de valor tiver o Ethereum, mais pesadas são as transações e menos útil será a moeda.

  1. O Bitcoin é Valioso

A utilização principal do Bitcoin é ser valioso. Tanto é que, quando chegou aos 60 mil, toda a gente andava doida a querer comprar mais e agora que está nos 30mil, toda a gente lamenta que está barato, e não o compra. Isto acontece porque uma moeda ou bem de valor que queremos guardar, investir, é bom que seja caro e que o seu valor com o tempo, aumente ainda mais. É também por isso que os saldos do Bitcoin são tão dolorosos.

Já quando se compra algo para usar, comer, vestir, queremos que essa coisa utilitária seja barata. Ora, as moedas de smart-contracts são usadas, queimadas, perdidas para realizar as operações e como tal, quanto maior o seu preço, mais caras e menos úteis.

  1. O Ethereum é caro.

A utilização do Ethereum como combustível para a realização de smart-contracts é impressionante. Tendo atingido uns impressionantes de 22 milhões de dólares por dia ou quase um bilião por mês usados assim. O problema é que estes custos se dividem por relativamente poucas transações, com uma operação simples a custar 15 dólares e bastantes dos smart-contracts a consumirem 50 dólares para serem processados.

Fica assim revelado a encruzilhada em que o Ethereum se encontra, se por um lado os elevados fees são bons porque representam muito valor na rede, por outro precisam de baixar bastante, para se tornarem competitivos como combustível para os smart-contracts, mas ao baixar os fees baixa também o valor da rede e da moeda.

  1. Na caça, atacar o animal mais lento da manada.

Tão caro e lento é o Ethereum que quase todos os outros projectos de criptomoedas querem ser versões mais rápidas e baratas do Ethereum. Tron, Solana, Polkadot, Avalanche, BNB, Luna, Cardano, etc. das 20 maiores moedas, 8 são “Ethereum Killers”. Podem todas falhar, mas basta uma só acertar e o preço de todas elas vem por aí abaixo.

Até o Bitcoin estará na contenda, pois passou por um upgrade recente (chamado de “Taproot”) que permite realizar smart-contracts, sem precisar de queimar gasolina. Tendo assim o potencial para fazer as tais operações ao gasto certo, zero. Ainda vai demorar uns anos para estas aplicações se tornarem práticas, mas o potencial está lá.

Conclusão.

É então por estas e por outras, que algumas pessoas viraram “Bitcoin Maximalists”, o termo que se usa para designar (talvez insultar) quem acredita que, para todas as outras criptomoedas terem valor, o Bitcoin precisa valer ainda mais. 

De acordo com essas pessoas e como parece ser confirmado pelo histórico dos mercados. Se as criptomoedas estão agora todas a cair é porque o Ethereum estava a subir mais depressa do que o Bitcoin. Como tal, o mercado só voltará à fase Bull (tipo 2020), quando o Bitcoin voltar a liderar.

Destaques Autor
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Henrique Agostinho