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Luís Gomes
Luís Gomes
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Depois de várias narrativas acerca da inflação – não existe, é transitória, atingimos o pico, estamos em desaceleração – um facto é evidente: os preços continuam e irão continuar na sua inexorável subida à estratosfera.

Neste contexto, no ano transacto, e ao fim de muitos anos, os principais Bancos Centrais do mundo subiram as taxas de juro, em particular o mais importante, a Reserva Federal (FED), o Banco Central norte-americano, para combater a inflação. 

Por diversas vezes, comentei que esta subida de taxas de juro não tinha como propósito qualquer combate, servindo apenas para gerar uma enorme recessão económica e “matar” o consumidor. O esquema em pirâmide em que assenta o sistema fiat, não permite outra saída aos Bancos Centrais: imprimir, imprimir, numa expansão sem fim do seu balanço.

Irei também explicar por que razão não há outro caminho que a adopção paulatina do Bitcoin como moeda da humanidade, caso contrário, assistiremos à destruição do aforro e à transferência silenciosa e imparável da riqueza dos mais pobres para os mais ricos.

Para explicar que a situação da FED é insustentável, importa, em primeiro lugar, explicar de que forma – socorrendo-me de uma enorme simplicidade – funciona um Banco Central.

Do lado devedor do seu balanço temos activos: Ouro, créditos sobre os bancos comerciais e valores mobiliários, como títulos de dívida, em particular do tesouro norte-americano – no caso do Banco Central Europeu, obrigações dos países da Zona Euro.

A aquisição de títulos de dívida é realizada junto dos bancos comerciais, no denominado mercado secundário; após a compra, a conta do banco comercial junto do Banco Central é creditada e o título de dívida é registado no lado devedor do balanço, ou seja, tornando-se sua propriedade. 

A quase totalidade desta dívida é de remuneração fixa, ou seja, os cupões pagos pelo emitente, neste caso, o Estado Federal norte-americano, são fixos – inalteráveis até à sua integral amortização.

Como podemos imaginar, para o Banco Central, dinheiro não é problema! Assim, para simplificar, vamos supor que este adquire a um banco uma obrigação por 100 Dólares norte-americanos (USD), que paga um cupão de 10 USD em perpetuidade; neste caso, o retorno para a FED deste título de dívida será de 10% (ver Figura 1). Em contrapartida, credita a conta do banco, passando este a ter 100 USD em reservas.

Figura 1

Vamos imaginar que a FED paga 5% pelas reservas do banco, neste caso, ganha 10 USD da obrigação e tem de pagar 5 USD ao banco, obtendo 5 USD de lucro. Uma parte deste lucro é enviado ao tesouro norte-americano, vamos imaginar 50%, ou seja, 2,5 USD.

Vamos agora supor que a FED, após uma “crise financeira”, decide estimular a economia através da redução das taxas de juro. Uma das formas, passará por adquirir mais obrigações, colocando pressão compradora no mercado sobre estes títulos de dívida. Neste caso, no nosso exemplo, a obrigação que paga um cupão de 10 USD sobe de preço, passando a negociar a 200 USD. 

Dada a vontade compradora da FED, o banco comercial conseguiu vender-lhe a mesma obrigação a um preço muito superior, provocando uma redução substancial da rentabilidade, de 10% para 5%. (ver Figura 1).

É, desta forma, que os Bancos Centrais logram manipular as taxas de juro no sentido descendente, assegurando a diminuição dos custos de financiamento dos Estados. 

Isto foi que aconteceu desde 2008, com o balanço da FED a expandir e os juros implícitos negociados no mercado secundário a diminuir, como é possível observar na Figura 2. A queda dos juros foi abrupta, atingindo um mínimo de 0,5% em Julho de 2020, após uma subida, quase na vertical, do balanço da FED, de 4 biliões de USD para um valor próximo de 7 biliões de USD.

Figura 2

Vamos regressar ao nosso exemplo e supor que a FED comprou 4 obrigações, creditando o banco em 800 USD (200 USD cada). Assim, passou a ter 900 USD em obrigações e o banco comercial o mesmo em reservas.

Como o banco comercial teve um crescimento substancial das suas reservas, é-lhe agora possível aumentar o crédito à economia através do incremento da produção de dinheiro pela prática de reservas fraccionadas. Esta prática permite multiplicar por várias vezes a emissão de dinheiro. 

Se o Banco Central impõe ao banco do nosso exemplo um rácio de 10% em reservas, numa fase inicial podia produzir 1000 USD através da concessão de crédito; numa segunda fase, com 900 USD em reservas, podia produzir 9000 USD, pois o banco dispõe agora de 900 USD em reservas, 10% dos seus extractos bancários – se toda a gente visitar o banco, já sabemos o que ocorre! 

O aumento de reservas no sistema bancário é altamente inflacionário, criando condições para o aumento do dinheiro em circulação na economia. Em resultado desta expansão monetária, a inflação disparou e as pessoas começaram a reclamar – precisamente o que aconteceu em 2022, após a brutal expansão monetária de 2020. 

Neste caso, o Banco Central, depois de ter sido o responsável por esta situação, apareceu no papel de bombeiro, tentando “lançar” água para a fogueira: como? Aumentando as taxas de juro. 

Voltando ao nosso exemplo, supondo que sobe as taxas de juro para 20% e deixa de comprar obrigações, por forma a evitar o aumento de reservas no sistema bancário. Mas sua intenção é diminuir as reservas, visando diminuir a produção de dinheiro pelos bancos, terá de vender as suas obrigações e debitar as reservas do banco. 

Há agora um problema: o banco não aceitará comprar as obrigações ao Banco Central ao seu custo original – 100 USD e 200 USD; no nosso exemplo, apenas estará disponível para pagar 50 USD, só assim, terá o retorno do novo contexto: 20% (ver Figura 1).

Para criar a ilusão que existem compradores para estas obrigações, a FED recorre a acordos de recompra: o que significa? A FED vende as obrigações ao banco ao seu preço de custo e aceita recompra-las no dia seguinte a um preço mais elevado, por forma a que o banco obtenha um retorno anualizado de 20%. 

Cria-se a ilusão de redução de balanço e de diminuição de reservas bancárias, dando a entender que há compradores interessados nestes títulos a preços estratosférico, quando na verdade, aoeas a FED, com dinheiro de monopólio o poderá fazer.

Na prática, no nosso exemplo, os 900 USD das reservas bancárias são agora remuneradas a 20%, obrigando a FED a pagar 180 USD, enquanto recebe apenas 50 USD dos títulos de dívida (100 USD a 10% e 800 USD a 5%); quer por via de reservas, quer por acordos de recompra, passa a ter uma operação negativa: paga 180 USD (900 USD a 20%) e recebe apenas 50 USD.

Por outro lado, se avaliasse as suas obrigações a preço de mercado e não ao seu preço histórico, 900 USD, cada uma apenas vale agora 50 USD, ou seja, apenas 250 USD (5 obrigações) vs. 900 USD, uma perda potencial de 650 USD.

Figura 3

Foi o que aconteceu no ano transacto, as reservas dos bancos diminuíram (ver Figura 3), apenas pelos acordos de recompra das obrigações, mas a sua remuneração aumentou brutalmente, de praticamente 0% para quase 4,5%. Esta subida teve lugar a partir de Junho, provocando um aumento substancial dos custos para a FED.

É uma certeza que a situação do nosso exemplo, perdas substanciais devido à subida das taxas de juro, esteja a acontecer a partir de Setembro do ano transacto. 

Se analisarmos os lucros distribuídos pela FED ao tesouro em cada mês, tudo estava a correr bem até Agosto de 2022, no entanto, a partir de Setembro de 2022, as perdas obrigaram a FED a deixar de enviar uma parte dos lucros ao tesouro norte-americano, passando a acumular um enormíssimo saldo de perdas, que no final de 2022 se situavam em 22 milhares de milhões de USD. O Banco Central norte-americano tem agora uma operação no vermelho.

Figura 4

A FED até já o confessou: “A despesa total com juros – 102,4 milhares de milhões de USD – aumentou 96,6 mil milhões de USD em relação à despesa total com juros de 5,7 mil milhões de USD em 2021; do aumento nas despesas com juros, 55,1 mil milhões de USD referem-se a despesas com juros sobre saldos de reservas mantidos por instituições depositárias e 41,5 mil milhões de USD relacionados com juros sobre títulos vendidos sob acordos de recompra.”

Para além disso, a avaliação (o impacto da subida da taxa de juro no preço das obrigações) a preços de mercado do seu portefólio de títulos, segundo o seu relatório do terceiro trimestre de 2022, representa uma perda potencial de 1,25 biliões de USD (página 16), face a um capital próprio de apenas 0,6 biliões de USD; ou seja, o Banco Central norte-americano, o emissor da mais importante moeda fiat do globo, está falido!

Apesar desta situação financeira, operação no vermelho e insolvência, nenhum problema se coloca quando se pode imprimir mais dinheiro. Essa é a única solução para a FED, continuar a expandir o seu balanço, ou seja, a produzir inflação para manter o sistema fiat a funcionar. Tal como um esquema em pirâmide, em que solução é sempre escavar mais fundo, e sempre com mais força!

No ano transacto, o mercado ficou “intimidado” com a “determinação” da FED no combate à inflação, mas, na verdade, a política inflacionista terá de continuar. Mas o leitor pergunta como?, se o ritmo da subida do índice de preços está em desaceleração. Na verdade, a subida de juros gerou e vai gerar uma enorme recessão económica que irá “matar” o consumidor, o homem da rua, provocando uma queda na procura por bens essenciais, com impacto na evolução do índice de preços – a má inflação vai desaparecer.

A boa “inflação” vai regressar e em força, e será uma subida vertiginosa, que se irá reflectir positivamente nos activos patrimoniais e financeiros da minoria mais rica do globo, os proprietários de casas, arte, carros antigos, de activos financeiros, como acções e fundos, e Criptomoedas. 

Aos poucos, o “homem de rua” vai-se aperceber que a única protecção que tem será adquirir a melhor reserva de valor criada pela humanidade: o Bitcoin. Será o Ouro do “homem de rua”, a única forma para este se colocar “a salvo” do enorme tsunami de inflação que se aproxima – o desespero de uma entidade insolvente é enorme. Tomem nota: a boa inflação estará de regresso!

Transaccionar criptomoedas envolve riscos, tanto na negociação como no armazenamento das mesmas, por esta razão é fundamental que o seu parceiro nesta jornada possa garantir a segurança das suas operações.


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Luís Gomes