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Henrique Agostinho
Henrique Agostinho
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Caso A – Luna, Anchor, Celsius, Voyager, 3AC, BlockFi. Nos últimos 3 meses, estes nomes do universo cripto, empresas proeminentes, quebraram e torraram entre 20 a 50 bilhões de dólares de dinheiro dos investidores. Valor desaparecido no meio de ilusões, gastos excessivos ou expectativas irrealistas. Enquanto isso, o mercado das criptomoedas, novo, volátil, selvagem, sofria uma contração da valorização de 1 trilhão de dólares, crucialmente, sem que nenhum pagador de impostos, nenhum inocente, fosse prejudicado.

Caso B – Em comparação, num horizonte temporal maior, uma década, BPN, BPP, BES, Banif e por arrasto a CGD, BCP e Montepio, causaram um estrago equivalente. Depois de cometerem muitos dos mesmos erros, com gastos excessivos ou expectativas irrealistas. A diferença crucial a ter em atenção, é que o fizeram num ambiente estável, consolidado, regulado e por isso mesmo, a fatia de leão do estrago foi suportada pelos contribuintes, pessoas que em nenhum momento desejaram arriscar naqueles negócios.

Nas causas, estes dois casos são muito semelhantes. Empresas audaciosas pegam em dinheiro que não era delas e toca de o torrar em projectos mirabolantes. Já nas consequências são muito diferentes, uns penalizam o contribuinte, quando outros vão acabar por dominar o mercado, isto por efeito de um encadeado de jargão financeiro que carece explicação.

Bailout 

Tradução. Pagar a fiança (‘bail’) para sair da prisão.

Para que as empresas, os bancos, do caso B acima, continuem por aí à solta, sem socumbirem às suas cagadas, foi preciso um Bailout. Quer isto dizer que as dívidas que esses bancos criaram e não conseguem pagar, foram suportadas por outra malta, no caso, o pagador de impostos. Parece injusto, perigoso e até imoral, porque é mesmo. Um Bailout é uma intervenção governamental indesculpável baseada num absurdo ilógico, a saber a seguir. 

Risco Sistémico

Tradução: Quando um acontecimento prejudica mais gente indiretamente do que os diretamente envolvidos.

O argumento absurdo para justificar os Bailouts aos bancos com o dinheiro dos contribuintes, é, dizem, para evitar que a falência do banco prejudique os contribuintes. Assim mesmo. Porque os bancos falidos são muito grandes, têm risco sistémico, e ao falirem levariam toda a gente à volta a apanhar com os estilhaços. Vai daí, a brilhante solução, é obrigar toda a gente à volta a apanhar com os estilhaços, pagando o bailout. Com uma diferença subtil, um Banco assim salvo não deixa de operar, podendo continuar a piorar, como se verá.

Moral Hazard 

Tradução: Situação em que uma pessoa tem incentivo a correr riscos excessivos porque não sofre as consequências

Em português diz-se Risco Moral, mas é uma má tradução, melhor seria dizer, sacanagem. Moral Hazard é o que acontece sempre que alguém pode correr riscos sem pagar o preço dos seus erros. Por exemplo, qualquer coisa no Estado, ou a chance de um banco receber um Bailout por ter Risco Sistémico. Nesses casos, instala-se uma imparável tendência para a asneira, que até tem um nome. 

Selecção Adversa

Tradução: Os aneirentos são atraídos para onde as condições são favoráveis para os asneirentos se safarem.

Se os bancos com risco sistémico se safam com bailouts, tudo se encaminha para os bancos terem todos risco sistémico e serem todos irresponsáveis com o dinheiro que emprestam. Afastando no processo os eventuais banqueiros ajuizados, para outros setores de atividade onde as suas qualidades sejam apreciadas, quer dizer, para o Defi.

Destruição Criativa

Tradução: Para as boas ideias prosperem as más precisam ser descontinuadas.

Parecendo que não, a volatilidade das criptomoedas, irá atrair e premiar os projectos mais sólidos e robustos, a ponto de substituir a banca tradicional. No início, altas valorizações proporcionam riscos exagerados e conduzem a quedas violentas. Mas a cada crash, a cada cura, sem o apoio de um Bailout a salvar quem errou, a irresponsabilidade dará lugar à eficiência.

Por estas e por outras, o nascente sistema financeiro descentralizado, baseado em criptomoedas, (DEFI) está condenado a substituir a banca tradicional. Especialmente por ter tantos crash e quedas e falências, pois, a cada vez que cai, elimina os projectos sem viabilidade, purga os artistas mal intencionados, fornece ensinamentos importantes aos investidores e abre espaço para melhores ideias e execuções.

Enquanto isso, a Banca tradicional está condenada, prisioneira da vida fácil, dos juros negativos, dos bailouts, dos favores políticos, custos absurdos, salários milionários, investimentos ruinosos. Não têm como melhorar, não querem nem conseguem competir com as criptomoedas.

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Henrique Agostinho